Atualmente, 20% dos indivíduos adultos são procrastinadores crônicos, e quando falamos de estudantes em diferentes níveis esse nível chega a ultrapassar os 60%.
Mas afinal o que é procrastinar? O conceito é mais complexo do que parece: É adiar uma tarefa importante sem um bom motivo para que façamos algo não importante mesmo sabendo das consequências negativas no futuro.
Para ficar mais fácil de entender vou dar um exemplo: Você precisa estudar sobre o estatuto dos servidores públicos do órgão para o qual quer prestar concurso, mas isso parece tão chato e o concurso ainda está longe… Aí você decide “maratonar” aquele novo seriado empolgante comendo coisas gostosas.
Procrastinar uma tarefa é uma decisão intencional e por mais que pareça imperceptível, não é algo do nosso inconsciente e precisamos estar atentos, pois pode virar um hábito altamente prejudicial. No exemplo acima, sobre a legislação, se você fizer isso sempre, semana após semana, terá prejuízos lá na frente em não dominar o assunto no dia da prova.
Não queremos te dizer que nunca procrastinamos, faz parte da vida humana fazer isso, por exemplo, quem nunca deixou de arrumar um armário e deixou a tarefa para outro dia e foi fazer algo divertido.
Mas quando procrastinar torna-se um problema?
É um problema de acordo com os impactos negativos das tarefas não cumpridas, tanto na vida pessoal quanto na profissional por dois motivos: 1º por não cumprir efetivamente e 2º pelo sofrimento individual que a pessoa sente com o desgaste para cumprir o prazo de última hora.
Geralmente as tarefas que são procrastinadas são difíceis ou não tão agradáveis. No mundo dos concursos quero que você reflita, pois todo mundo tem uma matéria que não gosta, as mais comuns são legislação, lógica, informática e português, então algumas pessoas desenvolvem crenças que as levam a procrastinar, são elas:
1. Ninguém manda em mim e eu controlo minhas ações;
2. A vida é curta, quero fazer coisas que gosto;
3. Se não fica incrível é porque está horrível, aqui se encontram o medo de falhar, de não ser aceito, de receber críticas;
4. Intolerância ou incerteza, mais relacionadas a decisões importantes, como um divórcio ou um pedido de demissão;
5. Falta de energia – o indivíduo não se sente disposto para desempenhar as tarefas;
6. Falta de capacidade – quando crê que não consegue fazer, não dará conta.
Nossas crenças acima listadas são as responsáveis pela sensação de desconforto que os procrastinadores sentem e de forma inconsciente querem um alívio para este desconforto.
Neste momento nosso consciente age dando desculpas para a procrastinação, vou te dar alguns exemplos: está um dia tão bonito para estudar, está muito longe do dia da prova, tenho tempo ainda, preciso esperar comprar mais marcadores de texto para voltar a estudar legislação.
A partir da sensação de desconforto e das desculpas que damos para nós mesmos para procrastinar, vamos em busca de outras tarefas que sejam mais divertidas ou menos importantes, tais como: filmes, esportes, redes sociais.
Ou algo que dê uma sensação de prazer imediato, como: consumo de bebidas alcoólicas, fumar, uso de drogas ilícitas, comer compulsivamente, dormir além do necessário. O indivíduo fica sonhando acordado envolvido apenas em tarefas agradáveis.
Mas esse ciclo precisa ser quebrado, e não é tão simples, já que a sensação de prazer com atividades agradáveis é forte. Vale lembrar que os procrastinadores crônicos, apesar de aproveitarem o momento presente, costumam ter notas mais baixas, vivem estressados, são ansiosos, distraídos e tem piora na saúde física.
Estratégias para deixar de procrastinar e fazer tarefas importantes
– Faça uma lista das tarefas realmente importantes para sua rotina de estudos e ou trabalho;
– Organize a rotina e deixe algum tempo livre para pequenos imprevistos diários;
– Divida tarefas grandes em tarefas menores, isso te tira a sensação de que não irá dar conta de vencer todo o conteúdo do edital. Quando cumprir pequenas metas você pode se dar pequenas recompensas como comer um doce ou brincar com o filho alguns minutos;
– A técnica Pomodoro pode lhe ser útil, inclusive há aplicativos para usá-la, e consiste basicamente em estudar 25 minutos e descansar durante 5 minutos; isso fornece uma recompensa para seu cérebro e a consolidação da informação também será mais efetiva;
– Mantenha seu foco no processo que está desenvolvendo (os estudos) e não no produto apenas (todo o conteúdo vencido), tenha em mente que estudar é uma longa escada e que precisará sempre vencer um degrau por dia;
– Tenha disciplina de estudar mesmo quando tiver pouca vontade, à medida que for aprendendo mais e mais a motivação surgirá naturalmente.
Lembre-se que o excesso de procrastinação não é saudável e te afasta das pequenas metas e do objetivo final que é a aprovação.
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